Eles sabiam perfeitamente que já era comentado em todos os sítios para onde iam, os olhares não deixavam margem de dúvida. Ele, sendo o membro de menor porte do casal já estava a imaginar os comentários, “Olha para ele, o minorca, anda sempre agarrado a ela”, “hás-de ser grande hás-de”. Ela em contrapartida, exibia toda a sua beleza sempre exalando charme no seu ondear sensual como se estivesse a dançar ao som de uma música.
Na realidade isso até nem os preocupava muito, ele garantia o seu alimento, e ela andava sempre limpa, imaculada, mantendo a imagem de grandeza, beleza e sensualidade.
A rémora olhou para os outros peixes e pensou em responder aos olhares críticos que lhe faziam, mas … que sabiam eles, se calhar nem sequer sabiam o que era uma simbiose, ignorantes… Deu mais uma chupadela na pele da raia e apercebeu-se como era feliz com ela.
6 comments:
Com este post quero exigir também um comentário da nossa bióloga de serviço. É simbiótica ou não?
Da simbiose ao parasitismo vai um passinho de distância. Muitos casais são mais fenómenos de parasitismo do que de simbiose, mas quando são simbióticos é excelente!
Quanto à inveja dos não simbióticos... coitados. eles sabem o que perdem (ou então não...).
Eu penso, e gostava que a bióloga de serviço comenatsse, que isto é uma relação simbiótuica porque as rémoras ganham protecção e transporte, enquanto a raia ou manta ganha a limpeza da pele.
Sim, esta relação é simbiótica, penso eu (que, pobrezinho, não sou biólogo). Mas exactamente por isso é que acabei o meu comentário do modo que o fiz. Só que extrapolei com segundo e terceiro sentido...
LOL a relação não é simbiótica, mas sim mutualista, isto porque a qualquer um deles pode viver sem o outro. Algo que tende a não acontecer com as simbioses em que as duas espécies co-evoluem para poder tirar melhor partido uma da outra...:P peço desculpa pela demora em responder ao post
Dá-me então o exemplo de uma relação simbiótica por favor.
Estou mesmo a precisar disso!!!!
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