Nesse dia tinha decidido ir fazer a sua ginástica à beira do lago Constance, há já muito tempo que não ia para aquelas bandas e pensou em aproveitar ao máximo a belíssima paisagem. Quando estava a fazer a sequência de flexões de pernas contemplando a calma do lago pareceu-lhe ver a imagem de uma belíssima mulher submersa dentro da água límpida do lago a uma distância de uns 6-7 metros. Olhou com mais atenção e verificou que de facto ela estava lá, parecia sorrir para ele. Era lindíssima, olhos azuis, cabelo castanho longo e uma figura esbelta, da qual se conseguia aperceber com alguma dificuldade pois o trajo antiquado que usava, dissimulava as formas do seu corpo. Chamou-a várias vezes para captar a sua atenção, mas ela provavelmente por estar submersa não conseguia ouvi-lo. Lembrou-se de acenar, e pareceu-lhe que ela também tinha mexido o braço como que para responder ao seu aceno, mas nessa altura uma corrente do lago turvou a água e quando a procurou outra vez, já não conseguia avistá-la. Procurou desesperadamente, mas não a conseguiu ver outra vez. Pensou deitar-se à água para procurar, mas não sabia nadar, além disso pelo sorriso que ela tinha na cara não estava de certeza aflita. Seria ela a famosa dama do lago Constance?
Correu para casa, ligou o computador e mesmo antes de tomar banho pesquisou na Internet pela lenda da dama do lago Constance. Teve alguma dificuldade em encontrar qualquer coisa sobre o assunto, porque na realidade a lenda falava de uma rainha e não de uma dama do lago, mas após alguns minutos encontrou o que pretendia, e após leitura cuidada da informação que colectou chegou à conclusão que deveria ter sido mesmo a rainha do lago que avistara. A lenda dizia que o homem que a conseguisse tirar do lago teria a fortuna de ser o homem mais feliz do mundo. Ficaria eternamente junto a ela.
Decidiu ir procurá-la novamente, mas desta vez ia preparado, levava uma lanterna e uma vara comprida para esticar até ela, para que ela pudesse agarrar e vir até si. Depois de lá chegar dirigiu-se para o local onde antes a tinha avistado e esteve à vontade mais de 3 horas à sua procura, até que viu novamente a esbelta figura. O seu coração começou a bater fortemente, enquanto molhava as pernas até aos joelhos entrando na água fria do lago. Esticou a vara na direcção da sua rainha, mas depressa se apercebeu que ela ainda não o tinha visto, pois movia-se de um modo sereno ao sabor das correntes. Na sua pesquisa tinha lido que à rainha do lago chamavam também senhora das correntes, porque dizia a lenda, ela comandava as correntes do lago. Por isso mais uma vez acenou para a chamar, fazendo a vara bater na água e provocando algum turbilhão para lhe chamar a atenção. Quando finalmente ela se começou a deslocar na sua direcção deslizando serenamente ao sabor da corrente e se aproximou que chegue para ele a alcançar verificou que a sua aparência estava modificada, estava com uma cor estranha, e não tinha tão boa aparência como da primeira vez.
Com algum esforço puxou-a para fora de água e rapidamente a largou outra vez, quando verificou que se tratava de um manequim em plástico. Mas o seu braço tinha ficado preso no braço saliente do manequim e foi arrastado para dentro do lago. Tentou desesperadamente soltar-se mas não conseguiu. Foram, ele e o manequim, arrastados para o meio do lago e ali ficaram… juntinhos … inseparáveis.
Friday, February 10, 2006
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1 comment:
eu estou a notar um certo padrão... mas neste caso podemos dizer... "Constance não sabe nadar YO" :P spin yourself in the virgin and don't swim...
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