Sunday, November 02, 2008

* 31 #



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João era o filho de uma humilde família, a família Astérixo. Diz-se que o apelido era devido ao facto de seu pai ser fã de Goscinny e Uderzo, mas na verdade deveria ser mais um daqueles casos em que a alcunha do pai de João (conhecido como Astérix por ser muito baixinho e ser dono de um proeminente bigode loiro) se tinha tornado no apelido de família.
Bem cedo, João revelou um interesse em tudo o que dizia respeito à transmissão de pensamentos, hipnotismo, telepatia e poder da mente. Quando aprendeu a ler, tornou-se um devorador de livros sobre o assunto e aos 12 anos tinha já um conhecimento profundo sobre o assunto e também algum domínio da matéria.
A sua grande oportunidade veio quando trabalhou com Luís de Matos.
Bem… na realidade trabalhar com… era uma forma de dizer, Astérixo apenas ficava na plateia a adivinhar os telefones e telemóveis das meninas que interessavam a Luís de Matos depois de este pedir à plateia inteira que pensasse no respectivo número de telefone. Só que enquanto o mestre Luís de Matos apenas adivinhava o número de uma colaboradora dele infiltrada entre a multidão, Astérixo identificava o número de toda a gente que estivesse concentrada no número de telefone.
Foi numa digressão com o célebre mágico Luís de Matos que Astérixo conheceu a sua futura esposa Eva Cardinalli. Ela era contorcionista e tinha planos para sair debaixo da alçada do seu pai, por isso, depressa arranjou maneira de se contorcer para a cama de Astérixo e passados 3 meses casava-se com ele.
Os passos a seguir foram os normais: procurar casa, arranjar um emprego “normal” e, finalmente, quando nasceu o seu filho, Astérixo era um homem radiante. Quando foi registar a criança houve alguns problemas, porque o funcionário do registo civil já estava tão farto de nomes estranhos (Astérixo, Cardinalli e sei lá mais o quê) que recusou peremptoriamente os nomes que ele trazia escritos num papel e que tinham sido acordados entre ele e a sua Eva, Tintin, Luke, Mortimer, Spirou. Ao fim de algumas tentativas Astérixo disse – Ai que me arranjaram um 31.
O funcionário já farto de ouvir estrangeiradas para o nome assim que ouviu qualquer coisa que lhe soasse mais ou menos a Português, escreveu sem hesitação Trinta e Um e assim Eva e Astérixo voltaram para casa com o seu filho Trinta e Um.
Ao fim de 3 anos, já o filhote tinha revelado também apetência para o espectáculo e Eva decidiu que iam dar o grande passo. Criaram um novo e inovador número de Identificação, onde ela utilizando as suas artes de contorcionista se ia movendo entre as várias filas de cadeiras e pedindo a diferentes pessoas da audiência que pensassem numa coisa que estivesse dentro da sua bolsa ou carteira, o filho de 3 anos apenas, utilizando telecinésia fazia os pertences dessas pessoas voarem todos para o palco, finalmente Astérixo utilizando as suas capacidades, identificava em qual dos pertences a pessoa estava a pensar.
O número tornou-se um sucesso tal que ainda hoje em dia existem operadoras de telemóvel que usam como código para identificação do utilizador o nome do célebre espectáculo Astérixo, Trinta e um, Cardinalli.
Com o passar do tempo, foram perdendo as faculdades e retiraram-se ao fim de 5 anos. João ainda voltou a trabalhar com Luís de Matos mas já se enganava muitas vezes no número de telefone e Luís de Matos já estava farto de andar a telefonar para velhas de 60 anos pensando que eram jovens de vinte e poucos. Eva ainda escreveu uma versão do Kama Sutra para pessoas com muita flexibilidade, mas foi um completo fracasso. O filho tirou um curso superior de engenharia civil e tem, hoje em dia, uma empresa de suscesso a “Trinta e Um prédios e Construções” onde já, por várias vezes, as suas capacidades resolveram alguns problemas, por exemplo, quando uma grua deixava de funcionar e era preciso levantar uma palete de tijolos para o 3º andar.

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