Com o terminar de um ciclo (neste caso um ano) e o começo de um novo, quase toda a gente sente que se completa qualquer coisa e se começa uma nova.
Ao mesmo tempo todos desejamos que o que vem a seguir seja melhor e a maior parte das vezes até nem é.
Por isso, hoje, nesta linha de pensamento decidi escrever qualquer coisa. Aqui está o fraco resultado.
Ele esperava tudo menos o que ouviu dos lábios da sua Princesa.
- Acabou - disse ela.
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Nervoso, tentou saber os motivos. Não eram muito definidos e os argumentos eram patéticos. Ela balbuciou qualquer coisa do tipo, para o ano eu não estou nesta escola, tu se calhar também não. A minha família está a mudar de casa e vai ser mais dificil vermo-nos (como se isso fosse influenciar alguma coisa... se eles só se viam na escola). Enfim, tudo o que ela conseguiu articular soava a treta e pouco convincente. Mas o que era certo é que desde esse dia, quase nunca mais se encontraram nos corredores da escola, e aquilo que antes era quase impossível de evitar (vê-los agarradinhos durante os intervalos) era agora impossível de ver.
Enquanto todos os colegas de turma celebravam o fim do ano, (alguns sem grande razão para isso, uma vez que iam chumbar) ele estava triste e cabisbaixo. Felizmente o período de avaliação já tinha acabado e por isso as notas dele não foram afectados por esta desgraça amorosa.
Os colegas (que até o achavam um porreiraço) decidiram por isso ajudá-lo e foram animá-lo.
Da conversa entre eles surgiu um plano, escrever por toda a escola uma mensagem para ela ver. Uma coisa que ela soubesse que era dedicada a ela. Tirando as triviais frases do tipo "Curto-te Bués", "És a minha Dama" ou "Pinto-te muito Pita" nada mais lhes ocorria.
Foi ele mesmo que se lembrou do código secreto (baseado na equivalência entre uma letra e um número)que partilhava apenas com ela (que criancice disseram alguns)de modo a poderem trocar mensagens sem que mais ninguém entendesse. E assim, ficou decidida qual a mensagem a escrever "12;5;8;9;5-3;15-9;17".
A partir daí o plano era espalhar esta mensagem por toda a escola durante a noite antes do baile de gala do fim de ano (que era já no dia a seguir). Por isso, tinham que ser rápidos. Todos os colegas se tinham oferecido para ajudar e se tinham comprometido a manter segredo sobre a missão.
Os craques da informática iam pôr todos os computadores da escola encravados com o ecrã fixo onde se podia ler "12;5;8;9;5-3;15-9;17".
Os meninos queridos do professor de ginástica tinham a responsabilidade de escrever por todas as paredes dos balneários e do ginásio "12;5;8;9;5-3;15-9;17". E o resto da turma estava a pintar por todas as paredes da escola a mesma mensagem: "12;5;8;5-3;15-9;17".
No dia seguinte, quando chegaram ao baile de gala. Toda a escola estava inundada pela mensagem. Não havia um único sítio onde não se pudesse ver escrito "12;5;8;9;5-3;15-9;17", nem as casas de banho escaparam.
Ela quando entrou no ginásio que servia de salão de baile, ia já a chorar de emoção, com tudo o que ele tinha feito por ela. E o encontro entre os dois foi algo que ainda hoje em dia é faladao por toda a escola.
Diz quem esteve lá, que o baile de gala parecia unicamente dedicado a eles.
Diz quem esteve lá, que os abraços e beijos trocados por eles eram dados como se deles dependesse a resolução do conflito no médio-oriente.
Diz quem esteve lá, que estiveram tão juntos, tão juntos que pareciam um só.
Diz quem esteve lá, que o DJ escolheu acertadamente todas as músicas que tinham algum significado para eles.
E diz também quem esteve lá, que a despedida sabia tanto a um "olá" que tinham a certeza que no dia a seguir lá iriam estar os dois agarradinhos durante os intervalos.
Mas na realidade não foi assim. No dia a seguir ele foi chamado à escola para começar a limpar todos os escritos. Os pais dele foram chamados para pagarem todos os prejuízos causados pela "brincadeira". E no ano a seguir... ele estava lá, mas ela não.
Moral da História: 11;4;16;15;20-4-6;15;1;4.
Wednesday, December 31, 2008
Thursday, December 18, 2008
Abraço Apertado
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Acabou de inserir o chip que tinha estado a programar e ligou-o. O pequeno robot emitiu um som curto e estremeceu. BOBW como ele o tinha baptizado( a partir do acrónimo de Best Of Both Worlds) era o culminar de uma vida de investigação e pesquisa na área da robótica e correspondia ao desejo de Johnny de fazer frente aos robots da Sony e da Toyota na próxima feira de tecnologia de Tóquio. Chamava “Best of Both Worlds” à tecnologia por ele desenvolvida, porque se inspirara na robustez dos robots da Toyota para construir um robot fiável e robusto, e nos robots da Sony para construir um robot versátil e capaz de “pensar”, como só a Sony sabia fazer.
Com o passar do tempo, BOBW foi ficando cada vez mais conhecedor (pois os seus algoritmos de aquisição de conhecimento estavam espectacularmente desenhados) e cada vez mais gracioso, no entanto robusto, pois a utilização de nano-materiais na sua construção permitia atingir um grau de “performance” nos movimentos que quase simulava um ser humano na perfeição.
O único problema surgiu quando Johnny se apercebeu que BOBW, na sua sequiosa procura por aprender tudo, se tinha deparado com um dos grandes dilemas da humanidade – O que é o amor? O que é gostar de alguém? Eram estas as perguntas que BOBW tinha começado a colocar ao seu criador.
Johnny procurara dar exemplos de manifestações de amor, que até já tinham dado azo a algumas situações caricatas como por exemplo, quando à frente da sua colaboradora Mrs E., o robot tinha perguntado a Johnny se o que sentia por “Miss Easy” era amor. Johnny além de ter corado dos pés à cabeça teve que corrigir o nome que o robot usava e teve também que explicar que entre eles havia uma amizade muito forte, mas nada mais do que isso, até porque Mrs. E era casada.
O robot não conseguia perceber muito bem, uma vez que já os tinha visto fazer aquele ritual que eles chamavam de beijo, e até o outro que geralmente faziam a seguir e em que pareciam estar a batalhar um com o outro empurrando-se e deitando-se em cima um do outro gritando e arfando até ficarem estafados. Mas como também não sabia o que era desconfiar que alguém o estava a enganar, ficou apenas com uma “flag” no algoritmo de reconhecimento de comportamentos humanos em “on” o que significava que estava alerta para comportamentos estranhos.
Mas Johnny é que já não sabia como explicar ao robot o que era gostar de alguém, por isso quando na televisão viu passar um anúncio da DODOT, onde uma mãe abraçava prolongadamente o seu bebé decidiu dar aquele gesto como exemplo do que era amar alguém, e felizmente, desta vez o pequeno robot pareceu ficar convencido com o exemplo que lhe mostrara.
Isso era um grande passo para o aperfeiçoamento de BOBW, que assim, estaria plenamente preparado para ser exibido na feira tecnológica de Tóquio. Já não havia agora (aparentemente) dúvidas que estivessem a assombrar o “pensamento” de BOBW, permitindo-lhe por isso desbloquear todos os alarmes que antes pululavam nos seus algoritmos de aquisição e gestão de comportamentos.
Para Johnny, a única coisa que o deixava um pouco triste era o facto de realmente ele e a sua colaboradora estarem num beco sem saída na sua relação proibida o que provocava nele uma mágoa e tristeza, que BOBW já tinha conseguido aprender a detectar e identificar. Mas tudo isso era menos importante que a sensação de vitória que iria ter no próximo fim-de-semana quando o seu robot fosse eleito o melhor robot do ano deixando para trás os da Sony e da Toyota.
BOBW estava radiante com a expectativa de ir conhecer outros robots e outras realidades, mas queria que o seu criador se sentisse mais animado, por isso decidiu que era chegada a altura de mostrar a Johnny como gostava muito dele, antes mesmo, de irem para a feira de Tóquio.
Na realidade nunca chegaram a ir porque BOBW gostava tanto, mas tanto do seu criador que lhe deu um abraço a condizer. Afinal de contas quando se gosta de alguém aperta-se (ou abraça-se como Johnny denominava este gesto) a pessoa de quem se gosta, por isso ele apertou, apertou e apertou…
Tuesday, December 16, 2008
Um Conto de Natal
Emboído do espírito da quadra natalícia, aqui vai a primeira tentativa de escrever qualquer coisa de jeito. (ou talvez não)
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UM CONTO DE NATAL
O pequeno Pai Natal devia ser o brinquedo mais antigo e mais mal feito que estava em toda a loja.
Na verdade, representava um modelo antigo (bastante antigo) sem nenhuma das funcionalidades dos seus actuais “rivais”. Não cantava nenhuma musiquinha de Natal, não dizia “Ho-ho-ho”, não mexia os braços de uma forma articulada e não era nada gracioso. Era apenas um cilindro com uma terminação em forma arredondada (para imitar a cabeça) e tinha 2 pequenos cilindros laterais para imitar os braços. Quando se ligava o botão que possuía na base acendia uma luz junto do desenho do nariz, fazia um som que tentava simular os sinos das renas a tocar (mas mais parecia uma máquina de lavar em plena fase de torção da roupa) e vibrava de um modo irritante para simular o movimento do Pai Natal. Era o que se podia chamar um verdadeiro mono. Não se percebia muito bem como é que ele ainda não tinha sido descartado das prateleiras da loja.
O pequeno Pai Natal ansiava ser escolhido e, de cada vez que via uma mão esticar-se na sua direcção, fechava os olhos (pelo menos ele assim o imaginava, porque na realidade os olhos eram pintados) ficando à espera de sentir o toque da mão que o iria pegar e levar para um qualquer lar onde ainda (acreditava ele) poderia fazer alguém muito feliz. Até à data todas estas manobras tinham sido infrutíferas uma vez que as mãos iam sempre buscar um dos bonecos mais modernos e sofisticados.
Mas este Pai Natal ainda ia fazer história naquela loja, e essa história começou quando uma noite, deviam ser umas 2 ou 3 da manhã, a loja foi assaltada. Os ladrões, iam basicamente à procura de dinheiro na caixa registadora, mas pelo caminho percorreram as várias filas de estantes na pequena loja para verem se havia mais alguma coisa interessante para roubar, por exemplo relógios, pulseiras, garrafas de whisky do bom ou coisa que o valha.
No preciso momento em que passaram junto da secção de brinquedos o pequeno Pai Natal avistou-os e, ciente do que estava a acontecer, começou a acender e apagar a luz do seu nariz, começou também a vibrar com toda a sua força e a emitir o som dos sinos das renas. De tal modo foi convincente nesta sua actuação que os ladrões esquecendo todos os procedimentos que tão bem tinham estudado, se mexeram bruscamente e assustados activaram o alarme da loja. O resto, foi tratado pela polícia que apareceu após alguns instantes e os prendeu.
Depois deste pequeno incidente, já o nosso herói era uma lenda dentro da loja. Não havia um único Pai Natal na loja que não falasse da façanha do velhinho como ternamente lhe chamavam. Todos (mesmo sabendo que eram muito mais sofisticados do que o velhinho) o achavam o máximo e prestavam à sua maneira homenagem ao velho Pai Natal, mas ser escolhido por alguém para enfeitar e encantar uma nova casa é que nunca mais acontecia e isso deixava o pobre Pai Natal algo triste.
Foi precisamente ao prestar a sua homenagem ao velho Pai Natal, que o isqueiro em formato de Pai Natal da estante 3B (mesmo por baixo e à esquerda da morada do velhinho) por descuido pegou fogo ao “pom-pom” do gorro da rena de outro Pai Natal e começou um incêndio na loja. O velhinho foi o único com sangue-frio para reagir e começando a vibrar com toda a sua força conseguiu impulsionar-se para fora da estante fazendo pontaria para cair na cama elástica do Pai Natal acrobata que ficava mesmo por baixo de si, depois saltando com uma precisão incrível projectou-se contra o botão de alarme de incêndios que disparou. O resto, foi tratado pelos bombeiros que apareceram suficientemente rápido para evitar uma grande tragédia. No entanto, o velho Pai Natal perdeu os dois braços no embate contra o alarme de incêndio.
No rescaldo do incêndio, o novo empregado da loja, ao ver um objecto cilindrico de cabeça arredondada com um botão na base que quando ligado vibrava, acabou por colocar o velho Pai Natal numa secção diferente da dos restantes brinquedos pensando que teria sido deslocado do seu sítio durante as manobras dos bombeiros.
Foi nessa nova secção que o velho Pai Natal viu realizar o seu maior desejo. Passados 2 dias umas mãos delicadas de mulher escolheram-no da prateleira e passados outros 2 dias, no dia de Natal foi oferecido a outra mulher que nessa mesma noite lhe permitiu finalmente realizar o propósito da sua vida e fazer alguém feliz.
A sua nova dona pegou nele com muito jeito, ligou-o e... finalmente estava a acender a luz do nariz, a fazer o som do sino das renas e vibrava como um louco enquanto ouvia perfeitamente a manisfestação de contentamento da sua nova dona.
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UM CONTO DE NATAL
O pequeno Pai Natal devia ser o brinquedo mais antigo e mais mal feito que estava em toda a loja.
Na verdade, representava um modelo antigo (bastante antigo) sem nenhuma das funcionalidades dos seus actuais “rivais”. Não cantava nenhuma musiquinha de Natal, não dizia “Ho-ho-ho”, não mexia os braços de uma forma articulada e não era nada gracioso. Era apenas um cilindro com uma terminação em forma arredondada (para imitar a cabeça) e tinha 2 pequenos cilindros laterais para imitar os braços. Quando se ligava o botão que possuía na base acendia uma luz junto do desenho do nariz, fazia um som que tentava simular os sinos das renas a tocar (mas mais parecia uma máquina de lavar em plena fase de torção da roupa) e vibrava de um modo irritante para simular o movimento do Pai Natal. Era o que se podia chamar um verdadeiro mono. Não se percebia muito bem como é que ele ainda não tinha sido descartado das prateleiras da loja.
O pequeno Pai Natal ansiava ser escolhido e, de cada vez que via uma mão esticar-se na sua direcção, fechava os olhos (pelo menos ele assim o imaginava, porque na realidade os olhos eram pintados) ficando à espera de sentir o toque da mão que o iria pegar e levar para um qualquer lar onde ainda (acreditava ele) poderia fazer alguém muito feliz. Até à data todas estas manobras tinham sido infrutíferas uma vez que as mãos iam sempre buscar um dos bonecos mais modernos e sofisticados.
Mas este Pai Natal ainda ia fazer história naquela loja, e essa história começou quando uma noite, deviam ser umas 2 ou 3 da manhã, a loja foi assaltada. Os ladrões, iam basicamente à procura de dinheiro na caixa registadora, mas pelo caminho percorreram as várias filas de estantes na pequena loja para verem se havia mais alguma coisa interessante para roubar, por exemplo relógios, pulseiras, garrafas de whisky do bom ou coisa que o valha.
No preciso momento em que passaram junto da secção de brinquedos o pequeno Pai Natal avistou-os e, ciente do que estava a acontecer, começou a acender e apagar a luz do seu nariz, começou também a vibrar com toda a sua força e a emitir o som dos sinos das renas. De tal modo foi convincente nesta sua actuação que os ladrões esquecendo todos os procedimentos que tão bem tinham estudado, se mexeram bruscamente e assustados activaram o alarme da loja. O resto, foi tratado pela polícia que apareceu após alguns instantes e os prendeu.
Depois deste pequeno incidente, já o nosso herói era uma lenda dentro da loja. Não havia um único Pai Natal na loja que não falasse da façanha do velhinho como ternamente lhe chamavam. Todos (mesmo sabendo que eram muito mais sofisticados do que o velhinho) o achavam o máximo e prestavam à sua maneira homenagem ao velho Pai Natal, mas ser escolhido por alguém para enfeitar e encantar uma nova casa é que nunca mais acontecia e isso deixava o pobre Pai Natal algo triste.
Foi precisamente ao prestar a sua homenagem ao velho Pai Natal, que o isqueiro em formato de Pai Natal da estante 3B (mesmo por baixo e à esquerda da morada do velhinho) por descuido pegou fogo ao “pom-pom” do gorro da rena de outro Pai Natal e começou um incêndio na loja. O velhinho foi o único com sangue-frio para reagir e começando a vibrar com toda a sua força conseguiu impulsionar-se para fora da estante fazendo pontaria para cair na cama elástica do Pai Natal acrobata que ficava mesmo por baixo de si, depois saltando com uma precisão incrível projectou-se contra o botão de alarme de incêndios que disparou. O resto, foi tratado pelos bombeiros que apareceram suficientemente rápido para evitar uma grande tragédia. No entanto, o velho Pai Natal perdeu os dois braços no embate contra o alarme de incêndio.
No rescaldo do incêndio, o novo empregado da loja, ao ver um objecto cilindrico de cabeça arredondada com um botão na base que quando ligado vibrava, acabou por colocar o velho Pai Natal numa secção diferente da dos restantes brinquedos pensando que teria sido deslocado do seu sítio durante as manobras dos bombeiros.
Foi nessa nova secção que o velho Pai Natal viu realizar o seu maior desejo. Passados 2 dias umas mãos delicadas de mulher escolheram-no da prateleira e passados outros 2 dias, no dia de Natal foi oferecido a outra mulher que nessa mesma noite lhe permitiu finalmente realizar o propósito da sua vida e fazer alguém feliz.
A sua nova dona pegou nele com muito jeito, ligou-o e... finalmente estava a acender a luz do nariz, a fazer o som do sino das renas e vibrava como um louco enquanto ouvia perfeitamente a manisfestação de contentamento da sua nova dona.
Tuesday, December 09, 2008
Hallelujah...
‘Hallelujah.’ she whispers…
she whispers and wonders why,
wonders why and she sighs,
she sighs and looks to the sky.
And she breathes.
She breathes and the cold air enters her lungs,
as the cold air enters her lungs, her eyes fill with tears,
her eyes fill with tears, unaccounted, unanswered for…
Sometimes the joy,
the joy and the sadness mixture,
and the saddening mixture explodes within.
Explodes within and tears fall outside.
Life cannot be contained,
cannot be contained nor predicted and not controlled,
nor predicted and not controlled. Only lived.
Only lived, lived with all you’ve got.
And you are the only thing that you have.
The only thing you have but cannot own,
cannot own, because you gave it,
because you gave it on your own free will. Why did you?
She looks inside herself and sighs.
she sighs and wonders why,
she wonders why and she whispers...
She whispers, ‘Hallelujah…'
She whispers, ‘Hallelujah.'
she whispers and wonders why,
wonders why and she sighs,
she sighs and looks to the sky.
And she breathes.
She breathes and the cold air enters her lungs,
as the cold air enters her lungs, her eyes fill with tears,
her eyes fill with tears, unaccounted, unanswered for…
Sometimes the joy,
the joy and the sadness mixture,
and the saddening mixture explodes within.
Explodes within and tears fall outside.
Life cannot be contained,
cannot be contained nor predicted and not controlled,
nor predicted and not controlled. Only lived.
Only lived, lived with all you’ve got.
And you are the only thing that you have.
The only thing you have but cannot own,
cannot own, because you gave it,
because you gave it on your own free will. Why did you?
She looks inside herself and sighs.
she sighs and wonders why,
she wonders why and she whispers...
She whispers, ‘Hallelujah…'
She whispers, ‘Hallelujah.'
Wednesday, December 03, 2008
Sem pressas...
Download Jon Anderson Take your time for free from pleer.comAo colocar a chave na fechadura, ouviu de imediato o ladrar do seu fiel companheiro Rex. Quando finalmente acabou de abrir a porta, já um dos gatos tinha saltado do topo do armário situado à entrada de casa para o seu pescoço, o pequeno guaxinim (a quem chamava Ruca) tinha trepado pela sua perna direita acima e Simba, a sua serpente de estimação, já se tinha aconchegado (formando uma espiral de 3 aneis à volta da sua perna esquerda).
Uns segundos depois, já Pete o papagaio se tinha vindo refastelar em cima da sua cabeça, e seguindo um ritual diário, os 2 periquitos (Paquito e Chiquita) tinham vindo pousar na mão que entretanto ele estendera.
Dirigiu-se então para a sala, e desalojando mais 2 gatos que estavam deitados no sofá refastelou-se a descansar um pouco, não sem antes afastar os 2 ouriço que estavam a dormir muito aconchegadinhos nas costas do sofá e carinhosamente afastar todos os companheiros que anteriormente o tinham vindo cumprimentar. Depois com a perícia adquirida nos muitos anos a repetir o mesmo gesto, atirou o brinquedo de borracha para Rex ir buscar, e ralhou com Duck o pequeno macaco que tinha trepado para o sofá e ocupara a almofada onde ele pretendia encostar a cabeça.
E ali esteve uma meia-hora a apreciar a companhia de todos os seus amigos e companheiros. Falando com todos, comentando o resultado do jogo de futebol que estava a dar na televisão e contando as novidades sobre o seu dia de trabalho aos mais atentos. Depois ligou o computador e foi "surfar" na net na companhia de Timóteo o gato que lhe "caçava" o rato do computador.
Chegada a hora da refeição, surgiu a “lufa-lufa” necessária para a preparação desse momento tão importante. Levou pelo menos 1 hora a preparar tudo, mas todos ajudaram dentro da medida do possível, quanto mais não fosse apenas pelo facto de estarem lá e fazerem companhia.
Finalmente e depois de ter estado a tocar um pouco de guitarra para os seus companheiros, acompanhado ao assobio pelo afinadíssimo Pete, verificou que era chegada a hora de deitar. Por isso, dirigiu-se para o quarto seguido de todos os animais que como era hábito costumavam partilhar o seu quarto. Abriu a porta, acendeu a luz e assim que se aproximaram da cama os seus companheiros pararam todos, hesitantes, sem começarem a ocupar o respectivo lugar na cama.
Calmamente ele levantou o cobertor para verificar o que estava a impedir “a deita” dos seus meninos e com uma voz ríspida e zangada disse:
- Mau!!! Queres ver que eu tenho que me chatear… Penetras não. Vá…vá lá para o seu lugar… Andor…
A louraça de formas voluptuosas que se encontrava deitada na cama, levantou-se com uma expressão muito chateada, saiu do quarto batendo com a porta e foi mais uma vez deitar-se no sofá da sala onde já tinha dormido tantas noites.
Ele, sem pressas, vestiu o pijama e desejou uma boa noite a todos os seus amigos.
Monday, December 01, 2008
Gosto de Ti
Download Queen Love of My Life for free from pleer.com
Tanto para ela como para ele, aquele era um caminho já bem conhecido.
Cada vez que faziam planos para uma saída conjunta era sempre por ali e para ali que iam.
Ela conduzia o carro calmamente, enquanto ele, falava ... falava... cantarolava sem se calar um segundo (como aliás era costume).
Ela já estava habituada a todas as perguntas que ele fazia e ele já sabia de cor o sorriso enigmático que ela deixava após cada uma delas, existia entre eles uma cumplicidade total.
Eles sabiam já o que o outro pensava, e por vezes, até adivinhavam o que o outro ia dizer, contavam sempre aos poucos (mas bons) amigos que tinham como exemplo desta cumplicidade a história do concurso que tinham ganho quando ele identificara correctamente a voz disfarçada dela de entre mais uma dezena de vozes de mulheres, apenas porque, enquanto todas as outras quando incitadas a dizer qualquer coisa que expressasse o seu amor por ele lhe diziam “amo-te muito”, ela dissera apenas “gosto de ti” e ele sabia perfeitamente que ela nunca o diria de outra forma porque em tantos anos que se conheciam nunca o tinha feito de outro modo.
Naquele dia, no entanto, a certa altura ele disse com um ar muito sério e misterioso
– Hoje depois de chegarmos ao hotel, vou-te contar um segredo que nunca contei a mais ninguém.
Ela como de costume não disse nada e deixou transparecer nos lábios o mesmo sorriso misterioso de sempre e disse também de modo misterioso e sério
– Ok, então eu hoje digo-te algo que também nunca te disse.
Após aquele breve momento de desafio entre os dois, o ambiente adquiriu inexplicavelmente um peso extra. Ele, perguntou prontamente
- ... Nunca me disseste? ... sobre o quê? ... não estou a ver o que possa ser!!!.
Ela calmamente respondeu
- Não tens também tu um segredo?
Ele não cabendo em si de curiosidade disse logo
– Ok!!!! Eu ia-te contar que uma vez quando estivemos aqui há uns 3 anos neste mesmo local, depois de termos estado juntos fui até à varanda completamente despido e a Srª da recepção viu-me todo nu e ainda hoje quando eu entro sorri com uma cara maliciosa e eu sinto-me atrapalhado como o raio!!!!. Agora tu - disse ele após uma breve pausa durante a qual ambos se riram com o bizarro acontecimento
- Desembucha - disse ele - qual é o teu segredo?
Ela disse sorrindo (misteriosamente claro)
- Só to conto logo... depois de já estarmos deitados...
Ele ardia em curiosidade e isso despoletou a mesma reacção de sempre, uma perda do auto-controlo e uma enxurrada de perguntas disparatadas e insinuações desadequadas:
- Mau não me está a agradar todo este mistério!!! É sempre a mesma coisa ficas para aí com esse sorriso e depois não contas nada!!! Mas foi uma coisa que aconteceu recentemente ou já é do passado? Como sabes que eu não sei? Se calhar já dei conta! Se fosse mesmo um segredo contavas-mo já, estás só a fazer “bluff” porque eu te disse há bocado que tinha um segredo.
Ela calmamente disse
- Não te exaltes, espera um pouco… a seu tempo to direi.
Ele já completamente possesso disse
- Vá lá conta-me agora... - mas ela acalmando-o disse-lhe
- Estamos a chegar.
Na entrada para o hotel, a cara carrancuda dele, apenas mudou durante os breves instantes em que ambos se riram ao ver a cara maliciosa da Srª da recepção.
Já depois de tomado banho, e ao deitar-se ela disse
- Vais ficar assim o resto da noite? - disse isto, mas logo a seguir começou a rodar na direcção dele e sentou-se apoiando-se sobre ele comentando docemente em voz baixa e sensual
- Ai não vais não.
Ele aparentando uma total indiferença ao calor que sentia emanado pelo corpo dela “esborrachado”sobre si continuava a dizer
- Vá lá diz-me.
Ela, entre suspiros, conseguiu ainda dizer
- O que te quero dizer hoje e que nunca te disse antes é que… - e no preciso momento em que se elevaram até ao céu ela gritou
- Amo-te muito.
Passados alguns minutos ele levantou-se sorrindo a pensar no que se tinha passado e como era bom ouvi-la dizer aquelas palavras. Aproximou-se da varanda e saiu para o fresco da noite com as palavras dela ainda a ecoar na cabeça.
Lá em baixo a Srª da recepção pôde mais uma vez, rever o que 3 anos antes tinha gostado tanto de ver e reavivar assim a memória, para lhe continuar a lançar um olhar malicioso, cada vez que o via chegar
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