Wednesday, May 31, 2006

A missão de uma vida


Sabia perfeitamente que a realização da sua vida era acabar, mas isso em nada fazia menos nobre a sua função.
Júlio que como todos os seus semelhantes, tinha este nome por na reminiscência da sua memória existir o nome do criador Jules (ou qualquer coisa do tipo), era um entre os muitos que todos os dias sentiam aquela corrente intensa mas reconfortante que os fazia aquecer, que os alimentava e que tanto prazer lhes dava.

Mas o dia estava marcado, e às 18h e 35 minutos do dia 28 de Fevereiro de 2004 quando a Sra. Poetry ligou o microondas e ouviu um estouro, já tinha chegado a hora de Júlio.
O Sr. Poetry quando chegou a casa protestou e disse- lá foi outra vez a gaita do fusível ao ar… mas antes assim… estas porcarias são baratas e nem custam muito a mudar, imagina se fosse outra parte do microondas”.

1 comment:

Very Unlucky Guy said...

É fundido... desculpem, fundiu-se, o fusível. Há coisas assim... fundidas. E trabalhar tanto tempo para acabar fundido!