Thursday, September 25, 2008
Que bom que é dar as mãos
Estavam a tentar recuperar um velho hábito perdido, com o decorrer dos anos.
Não sabiam muito bem porquê! Talvez o nascimento da filha tivesse acelerado o processo, uma vez que as mãos eram habitualmente ocupadas com a pequenita nessa altura.
Mas de há uns dias a esta parte ela manifestava o desejo de sairem juntos outra vez de mãos dadas. Ele era sempre mais renitente... não via necessidade nenhuma nisso e tinha sempre receio de as coisas não resultarem bem.
Depois de várias tentativas dela de agarrar a mão dele, conseguiu finalmente que ele lhe desse a mão. Foi muito bom pareciam emaranhados um no outro.
Passado uns metros entraram numa pequena pastelaria para beber um café. Encostando-se ao balcão começaram então a tentar desembaralhar as mãos.
Ele puxando a sua prótese feita em titânio, ela puxando a sua prótese feita em plástico rígido, mas ambos com grande dificuldade em conseguir separar as mãos.
Ao fim de pouco mais de um minuto conseguiram desembrulhar as mãos e beberam pacificamente o café.
À volta para casa, não deram as mãos.
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