Wednesday, December 03, 2008
Sem pressas...
Download Jon Anderson Take your time for free from pleer.comAo colocar a chave na fechadura, ouviu de imediato o ladrar do seu fiel companheiro Rex. Quando finalmente acabou de abrir a porta, já um dos gatos tinha saltado do topo do armário situado à entrada de casa para o seu pescoço, o pequeno guaxinim (a quem chamava Ruca) tinha trepado pela sua perna direita acima e Simba, a sua serpente de estimação, já se tinha aconchegado (formando uma espiral de 3 aneis à volta da sua perna esquerda).
Uns segundos depois, já Pete o papagaio se tinha vindo refastelar em cima da sua cabeça, e seguindo um ritual diário, os 2 periquitos (Paquito e Chiquita) tinham vindo pousar na mão que entretanto ele estendera.
Dirigiu-se então para a sala, e desalojando mais 2 gatos que estavam deitados no sofá refastelou-se a descansar um pouco, não sem antes afastar os 2 ouriço que estavam a dormir muito aconchegadinhos nas costas do sofá e carinhosamente afastar todos os companheiros que anteriormente o tinham vindo cumprimentar. Depois com a perícia adquirida nos muitos anos a repetir o mesmo gesto, atirou o brinquedo de borracha para Rex ir buscar, e ralhou com Duck o pequeno macaco que tinha trepado para o sofá e ocupara a almofada onde ele pretendia encostar a cabeça.
E ali esteve uma meia-hora a apreciar a companhia de todos os seus amigos e companheiros. Falando com todos, comentando o resultado do jogo de futebol que estava a dar na televisão e contando as novidades sobre o seu dia de trabalho aos mais atentos. Depois ligou o computador e foi "surfar" na net na companhia de Timóteo o gato que lhe "caçava" o rato do computador.
Chegada a hora da refeição, surgiu a “lufa-lufa” necessária para a preparação desse momento tão importante. Levou pelo menos 1 hora a preparar tudo, mas todos ajudaram dentro da medida do possível, quanto mais não fosse apenas pelo facto de estarem lá e fazerem companhia.
Finalmente e depois de ter estado a tocar um pouco de guitarra para os seus companheiros, acompanhado ao assobio pelo afinadíssimo Pete, verificou que era chegada a hora de deitar. Por isso, dirigiu-se para o quarto seguido de todos os animais que como era hábito costumavam partilhar o seu quarto. Abriu a porta, acendeu a luz e assim que se aproximaram da cama os seus companheiros pararam todos, hesitantes, sem começarem a ocupar o respectivo lugar na cama.
Calmamente ele levantou o cobertor para verificar o que estava a impedir “a deita” dos seus meninos e com uma voz ríspida e zangada disse:
- Mau!!! Queres ver que eu tenho que me chatear… Penetras não. Vá…vá lá para o seu lugar… Andor…
A louraça de formas voluptuosas que se encontrava deitada na cama, levantou-se com uma expressão muito chateada, saiu do quarto batendo com a porta e foi mais uma vez deitar-se no sofá da sala onde já tinha dormido tantas noites.
Ele, sem pressas, vestiu o pijama e desejou uma boa noite a todos os seus amigos.
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